Assim como acontece com o câmbio automático até hoje, existe uma série de mitos sobre gasolina e álcool, principalmente após a popularização dos veículos flex. Combustíveis aditivados aumentam a potência ou estragam o motor? Eles rendem mais como dizem por ai? É provável que você já tenha feito algum desses questionamentos alguma vez.
Preparamos este texto para esclarecer de uma vez por todas essas e outras dúvidas. Pronto para descobrir alguns mitos sobre gasolina e álcool? Então, continue com a gente!
Este é um mito quase tão antigo quanto o próprio automóvel — e não é exclusivo dos modelos flex. A gasolina aditivada faz a mesma quilometragem por litro da versão convencional, pois a função dela não é ser mais econômica, como muitos dizem. Em sua composição ela traz elementos que auxiliam na limpeza do motor e é justamente daí que vêm as dúvidas.
Em alguns casos, o carro pode ter até uma melhora no rendimento e gastar menos, mas o motivo não tem relação com o combustível aditivado ser melhor ou pior. Quando o motor do automóvel está muito sujo, podem acontecer problemas durante a queima, aumentando o consumo e reduzindo o desempenho. A limpeza do propulsor resolveria o problema da mesma forma ou até com mais eficiência.
O mesmo acontece em relação ao álcool. O uso do etanol aditivado depende muito dos benefícios que ele traz ao motor do carro. Se a diferença de preço for pequena, podemos dizer que vale a pena, pois esses combustíveis mantêm o motor limpo, evitando a perda de potência e o excesso de consumo.
O fato de um motor muito sujo perder desempenho é fonte de outro mito sobre os aditivos: o de que eles aumentam a potência do carro. Isso só acontece quando você usa um combustível de alta octanagem e, ainda assim, dependendo muito do tipo de de automóvel — em veículos convencionais o ganho não será significativo.
Assim como na gasolina aditivada, se você colocar o aditivo no tanque do carro, ocorrerá uma limpeza gradativa do motor e, como resultado, uma falsa impressão de que foi isso que aumentou o desempenho. A manutenção preventiva poderia facilmente evitar esse tipo de confusão.
Este é um dos muitos questionamentos que surgiu com a popularização dos veículos a álcool e flex. Embora a afirmação seja verdadeira, ela se restringe a um número bem pequeno de veículos, fabricados há mais tempo. Já ouviu falar do famoso tanquinho de gasolina que sempre tinha que estar cheio para auxiliar a partida?
Nos veículos mais novos, esse sistema foi substituído por tecnologias modernas, que dispensam o uso da gasolina para ligar o carro. Para que tudo funcione perfeitamente, é preciso apenas esperar as luzes da injeção eletrônica se apagarem. Se houver dificuldades em dias mais frios, é provável que existam falhas no automóvel — ou o combustível com que você abasteceu está batizado.
Essa afirmação é um enorme mito e não poderia estar mais distante da verdade. O automóvel abastecido com etanol, ao contrário do que muitos diziam, tem uma melhora de desempenho e não uma queda. Devido a características técnicas do veículo — como a compressão do motor —, esse aumento pode chegar a até 30%.
Contudo, vale deixar claro que, gasolina e álcool têm rendimentos diferentes. Ou seja, o carro abastecido com etanol, embora ganhe alguns cavalos de potência, consome mais combustível. Esse talvez seja um dos maiores motivos desse mito e a causa de tanta discussão, uma vez que potência, eficiência e outros termos podem ser confundidos.
Esse mito surgiu assim que as pessoas descobriram que a gasolina e álcool compartilhavam o mesmo tanque no automóvel e não ficavam separados, como se imaginou no início. Na verdade, os veículos flex são preparados para essa mistura e não vão se danificar ao usar os dois combustíveis ao mesmo tempo.
Sensores monitoram os gases do escape, enviam esses dados à central eletrônica e ela regula a mistura para garantir a máxima eficiência a todo o momento. Se o seu veículo tem 80 cv com gasolina e 104 cv com etanol, por exemplo, a potência ficará entre esses valores.
Esse é um mito que insiste em permanecer, mesmo que já tenha sido desmentido em diversas ocasiões. Antes de ser entregue pela concessionária, um veículo passa por vários testes e é abastecido com um único combustível. O que pode ser o gerador dessa dúvida é o fato de a central eletrônica levar algum tempo para se adaptar a um novo tipo de combustível e, normalmente o proprietário não é informado sobre o que está no tanque.
Ao comprar um carro flex zero quilômetro, é recomendado usar apenas um combustível em um primeiro momento — gasolina ou etanol — e não desligar o carro por, pelo menos, 15 minutos. Dessa forma, a central tem tempo de se adaptar ao novo material.
Acreditamos que depois de tudo o que você já viu ao longo deste post, já deve saber a resposta para essa dúvida, não é mesmo? Não existe nenhum problema em usar somente um único combustível por muito tempo, pois os veículos flex foram idealizados justamente para trazer versatilidade e conforto aos motoristas.
Isso significa que você pode abastecer com o combustível que for mais vantajoso e na hora que quiser, sem se preocupar se isso vai trazer problemas ao automóvel. Também não existe uma proporção ideal entre gasolina e álcool, como algumas pessoas costumam dizer.
Como você viu, muitas das afirmações sobre gasolina e álcool são falsas, principalmente quando são a respeito dos veículos flex. Na dúvida, consulte sempre o manual do proprietário do seu carro ou aquele mecânico de confiança, que é especialista no assunto. Não deixe que as fake news automotivas tirem o seu sono!
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